Moderno, Modernidade e Iluminismo em Bermann e Rounet

Moderno, Modernidade e Iluminismo em Bermann e Rounet.
Tiago Chagas da Silva

Os dois autores aqui analisados apresentam posições bastante relevantes em relação à modernidade, Bermann revela uma argumentação crítica em relação aos sucessivos fatos que marcaram o processo iniciado pelo iluminismo e que resultou no que chamamos de modernidade. Apesar de criticar veementemente o resultado da modernidade em nossos dias, Bermann ainda assim se mostra encantado com os avanços e conquistas da civilização moderna. Marschall Bermann começa o texto mostrando para o leitor a sua visão sobre o assunto, e ele deixa claro que a sua opinião sobre a modernidade acaba sendo ambígua como o próprio período em questão o é, pois como ele mesmo afirma:
...Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor – mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos... (MARSCHALL, 1997).

Portanto, este período de transformações tinha a ambiguidade por característica fundamental, pois ao mesmo tempo em que novas possibilidades eram oferecidas para o homem, as suas mais profundas convicções eram aniquiladas. Para ilustrar ainda mais o período, coube a Karl Marx cunhar a célebre frase que dá o titulo do livro de Bermann “Tudo que é sólido desmancha no ar”. Este era então o sentimento do homem moderno, um ser que acabava de descobrir-se cidadão, ciente da sua individualidade, ciente da sua autonomia, mas que mesmo esperançoso com as conquistas que a modernidade lhe havia proporcionado, ainda assim encontrava-se angustiado por conta da falência das suas ideologias e dos seus conceitos morais mais arraigados. Além dessas considerações o autor ainda faz um breve detalhamento das várias mutações sofridas pelo termo modernidade ao longo do tempo, e como tais mudanças acabaram se tornando decisivas no processo de construção do conceito atual de