Modernismo no Brasil
1ª Fase do Modernismo no Brasil (1922-1930)
Nos primeiros anos do século XX, quando novas correntes artísticas começaram a circular pela Europa, a maior parte do mundo ocidental encontrava-se em meio as transformações sociais, políticas, econômicas, tecnológicas e culturais que alteraram radicalmente a forma de viver e de sentir o mundo do homem moderno. Invenções revolucionárias como o rádio, o telefone, o automóvel e o cinema passaram a fazer parte do cotidiano das grandes cidades, cada vez mais urbanizadas. Porém, a industrialização modificara a economia das potências, e os lucros acumulados pela produção em larga escala de artigos manufaturados garantiam às classes dominantes tamanha sensação de conforto, segurança e otimismo em relação ao futuro, eu o período ficou conhecido como belle époque. Portanto, esse período foi uma época de grande efervescência artística, principalmente em Paris, que abrigava artistas vindos de toda parte, atraídos pelo dinamismo cultural pelo o ritmo eletrizante da vida social, especialmente a noturna, dos cafés, bares e cabarés.
Mas, se para alguns grupos sociais o período era de euforia, para as classes trabalhadoras, que ficavam à margem dos benefícios belle époque, o tempo era de lutas por melhores condições de vida. As idéias socialistas e anarquistas passam a ser definidas pelos operários, que organizam-se em associações e fazem greves por condições de trabalho mais dignas. No plano internacional, as potências européias disputam colônias produtoras de matérias-primas e consumidoras de produtos industrializados, que por sua vez procuram tornar-se independentes; esse e outros fatores econômicos e políticos, como o nacionalismo exacerbado de alguns países, terminam por levar à eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
Ao término da guerra, em 1918, os países europeus, principalmente a Alemanha e a Itália, atravessam crises econômicas e sociais,