Modernidade: Aproximações pontuais entre Simmel e Marx
Modernidade: Aproximações pontuais entre Simmel e Marx
É absolutamente claro que a reflexão sobre a modernidade feita por Georg Simmel é única e desvencilhada da visão marxista, porém pontos como: alienação, individualismo, divisão do trabalho e cultura objetiva são comuns as duas vertentes, tendo a causa desses fenômenos como maior diferença. Marx se caracteriza pela reflexão apontada para mudança da sociedade, olhando para a reestruturação ou reconstrução social, já Simmel tem um olhar mais atento aos valores perdidos pelo indivíduo como: relações essenciais, valores subjetivos e perda da capacidade emotiva. A transferência dos meios de produção para as mãos de uma classe que passa a ser dominadora, o distanciamento do trabalhador do seu mestre ou chefe pois este passou a viver da exploração da sua mão de obra, enfim o acirramento dessa luta de classes se mostra ascendente com o desenrolar do capitalismo na história, para os marxistas a luta de classes assume novas nuances com o passar do tempo, mais sempre tem em sua essência o fundamento da relação de dominação. Entre os século XVI e XIX a classe burguesa estava no topo da pirâmide, a partir do século XX até os dias de hoje o capital financeiro assumiu esse lugar, mais sempre o trabalhador assalariado ficou à mercê dessas grandes forças. Para pensadores marxistas como Fredric Jameson a modernidade traz em si atributos sociais que não significam mudanças estruturais, na verdade são desdobramentos da lógica capitalista, uma espécie de aprofundamento do espírito do capital. A enorme divisão do trabalho gera o estranhamento entre trabalhador e objeto produzido, tal objeto, que passa a ser humanizado, suga do trabalhador sua humanidade, o que Simmel chamaria de cultura da objetiva, no final tudo acaba se tornando mercadoria na modernidade. Simmel não tinha nenhuma intenção revolucionária, buscava a compreensão plena dos conflitos essências da sociedade. Semelhante a linha marxista,