Modelo Dinâmico de Capital de Giro
Na década de 70, o especialista Frances Michel Fleuriet e a Instituição de Ensino Brasileira Fundação Dom Cabral resultou na publicação do livro “A Dinâmica Financeira das Empresas Brasileiras: Um Novo Método de Analise, Orçamento e Planejamento Financeiro. Mais tarde, em 2003, o livro teve sua 5.ª edição revisada com alguns ajustes e inclusões, porém sua essência após 25 anos permaneceu válida e de grande utilidade para a avaliação de empresas no Brasil.
Com a vinda do Professor Michel Fleuriet para o Brasil e a parceria entre a Fundação Dom Cabral e o Centre d´Enseignement Superieur des Affaires (CESA), foi determinar junto a um grupo de empresas brasileiras as suas carências na área financeira.
As duas instituições tinham um ponto em comum. Buscavam ajustar e criar métodos e processos próprios de gestão, com raízes na realidade de seus países, e não importar tecnologias estranhas as suas especificidades.
O modelo de Fleuriet foi elaborado a partir de 3 variáveis: Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro e Saldo de Tesouraria. Essas variáveis foram essenciais para elaborar o diagnóstico da situação financeira da empresa, as estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade.
A Necessidade de Capital de Giro tem uma grande importância pelo fato de fornecer informações das atividades operacionais, decisões tomadas pela alta gerencia e a forma de financiamento das aplicações de recursos, ou seja, a NCG esta diretamente ligado ao ciclo de caixa da empresa.
Já o Capital de Giro possui como definição a diferença do passivo permanente e ativo permanente. Ativo e passivo permanente são contas não cíclicas, ou seja, são de longo prazo. Se a empresa souber administrar o CDG, ela terá bons resultados até com baixa liquidez ou resultado negativo.
O Saldo de tesouraria é definido como a diferença entre o ativo errático e o passivo errático. As contas erráticas do ativo e passivo são de curto prazo, podendo ou não