modelo de fichamento
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Referência: PORTO, Maria Estela Grossi. Polícia e violência: representações sociais de elites policiais do Distrito Federal. São Paulo Perspec. vol.18 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2004.
Citações
"a ação policial é posta em movimento [cotidianamente, numa delegacia] por três fontes. Certas tarefas são prescritas de maneira imperativa pela hierarquia superior (...) Outras são respostas mais ou menos obrigatórias às solicitações do público (...) Outras enfim são de iniciativa policial (...)” (p. 132)
O aparelho policial é regido por três formas: a hierarquia, a obrigatoriedade e a vontade interna. Entretanto, o que supõe-se ser harmônico, encontra diversos confrontos, pois muitas vezes provém de ações distintas e concorrentes, uma vez que na instituição policial há um instrumento de poder que lhe dá ordens, é um serviço que pode ser requerido por qualquer um da sociedade e, ao mesmo tempo, defende os seus interesses próprios e individuais.
“O senso comum, a mídia e também análises de cunho acadêmico têm revelado grande consenso ao insistir no caráter violento da atuação policial, além de enfatizar que essa violência é o estopim para outros tipos de violência protagonizados pelo cidadão comum, numa resposta em cadeia, que se converte em uma espécie de círculo vicioso”. (p.132)
Uma vez que há violência por parte do Estado em seu dever de polícia, haverá um desencadeamento de manifestações de violência por parte da população. E a recíproca é verdadeira: uma vez que a população se desenvolve buscando a violência como forma de solução de seus problemas, o Poder de Polícia, de forma repressiva, deve responder com mesma intensidade aos estímulos da sociedade em prol da ordem e segurança coletiva.
“(...) por um lado, a exigência, quase obsessiva, de que a impunidade seja enfrentada e combatida pelos poderes competentes aponta na direção de uma recusa da violência como forma de resolução de conflitos propiciando a inserção no processo