Mocidade Portuguesa

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Mocidade Portuguesa

Organização de carácter milicial dirigida às camadas mais jovens da população, foi criada por decreto em 1936, tendo a sua secção feminina sido criada dois anos mais tarde. Em 1939 seria alargada às colónias.
A criação e manutenção de organizações miliciais não era exclusiva do Estado Novo português; na realidade, encontram-se organizações do mesmo tipo quer na Itália de Mussolini (Balilas) quer na Alemanha hitleriana (Hitlerjugend). Tal não quer dizer que a organização criada sob a orientação de Salazar fosse uma cópia fiel daquelas, embora tivesse havido algumas relações entre a Mocidade Portuguesa e as organizações daqueles países e haja algumas semelhanças de facto. A Mocidade Portuguesa destinava-se a crianças entre os 7 e os 14 anos de idade, escolarizadas ou não, e a frequência das suas atividades tinha carácter obrigatório. Para os jovens do sexo masculino entre os 17 e os 20 anos foi ainda criada uma milícia, espécie de braço armado da organização. Estes dois ramos do setor masculino da organização, bem como a respetiva extensão nos domínios coloniais, eram inspirados por objetivos claramente definidos de adestramento pré-militar, para o que se instituíram mecanismos disciplinadores e uniformizadores diversos: a farda, a disciplina rigorosa baseada em conceitos de autoridade e hierarquia, as paradas e acampamentos, os prémios e as sanções. Para os mais velhos, a quem a milícia se destinava, estavam reservados benefícios particularmente atraentes, dado que da sua qualificação na instrução pré-militar decorria a dispensa de parte do serviço militar obrigatório (a recruta no caso das praças, o primeiro ciclo dos respetivos cursos para os sargentos e oficiais milicianos). O carácter paramilitar de muitas das atividades desenvolvidas (até mesmo a prática desportiva estava centrada em atividades afins da instrução militar: esgrima, boxe, voo) justificava o facto de a direção da organização estar entregue, a diversos níveis, a oficiais

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