MITO DOS NDIOS SOBRE A CRIA O DO MUNDO
"Quando não havia nem sol, nem lua, no início dos tempos, Nhamandú (que é o grande sol, o grande coração) teve uma idéia e soprou sua idéia em um cachimbo.
Este sopro viajou pelo espaço em forma de uma cobra / canoa... viajou, viajou... procurando um lugar para se fecunhar, para morar.
Nhamandú não queria que ela fosse sozinha. pediu que sete anciões, os seres-trovões fossem com ela.
Em um certo lugar... Ali era o lugar da mãe das terras... a cobra canoa se espichou, se esticou e mordeu o próprio rabo, se transformando em um casco de jabuti.
Os sete seres-trovões ficaram em volta, não sabendo o que fazer com aquele casco de jabuti. Voltaram e perguntaram a Nhamandú, que teve a idéia de criar o ser humano (butsimaré). Pegaram um pouco de barro e moldaram um homem. Nhamandú emprestou sua raiz e quatro do seres trovões emprestaram seus amálgamas: o grande Senhor do Fogo, A Grande Mãe da Águas, O Grande Senhor do AR e o Grande Senhor da Terra. (dizem os índios que cada um de nós puxou mais a alguns desses bisavós).
Então, os sete seres trovões se tansformaram nas sete cores do arco-íris e ligaram o céu com o casco do jabuti. O espírito de Deus desceu por ali e encontrou o espírito do Tempo e assim ele cresceu rápido.
QUARTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2013
A CRIAÇÃO DO MUNDO NA VISÃO INDÍGENA
Grupo de estudos Pindorama
A Sabedoria dos Mitos
Susanne Rotermund
“... Entre a época pré-religiosa e a época da verdadeira consciência religiosa houve, no entanto, um estado intermediário. É deste que se originam todas as mitologias, as sagas e as histórias dos mundos espirituais dos diversos povos. É uma idéia abstrata, que nada intui dos verdadeiros processos espirituais, aquela que qualifica como pura invenção da fantasia popular todas as figuras da mitologia... Não, não se trata de fantasias poéticas dos povos...” (STEINER R., 2003, p.24)
Introdução
Rudolf Steiner ressalta no texto acima