mito de electra

1181 palavras 5 páginas
ELECTRA

A mitologia grega apresenta várias versões da história de Electra. Ela aparece como protagonista da peça de mesmo título, produzida por Sófocles, e em uma narrativa alternativa de Eurípedes, além de ser motivo de uma imitação burlesca do dramaturgo Ésquilo. Basicamente, porém, ela é filha do rei Agamemnon e da rainha Clitemnestra.
Ansiosa por vingar a morte do pai, morto pela esposa e seu amante Egisto, a furiosa Electra leva seu irmão Orestes a matar a própria mãe. Pouco antes de deixar o corpo, a rainha confessa que sempre amou a filha, mas não podia assumir seus sentimentos, pois tinha que protegê-la das intenções assassinas do amante.
A filha não se deixa convencer e a mata cruelmente. Futuramente ela desposará o melhor amigo de seu irmão, Pílades, filho mais velho do soberano Estrófio. Esta é, resumidamente, a visão mais conhecida da história de Electra, que foi importada por Jung para a esfera da Psicanálise, passando a descrever, na expressão complexo de Electra, o desejo que a filha nutre pelo próprio pai. Embora Freud prefira ainda o termo complexo de Édipo não só para os garotos, mas também para as garotas.
Eurípedes vê Electra como um símbolo do século V a.C, que anuncia a libertação da mentalidade grega dos vínculos com os mitos e as divindades, transportando a intervenção no mundo e a capacidade de compreendê-lo para as mãos da nascente Filosofia. Neste sentido, o autor é profundamente inspirado pelas especulações filosóficas dos pré-socráticos, particularmente dos sofistas.
Assim, na narrativa euripidiana, o Ar ocupa a antiga posição de Zeus, o Éter substitui Apolo, e a Razão domina o espaço anterior de Hera. Electra representa este momento em que o Homem começa a ser movido não mais pelo poder dos deuses, mas pelas emoções que dominam o coração. E é justamente deste âmbito que partem as motivações da filha de Agamemnon, a fúria e o desejo de revanche.
Nesta versão a rainha se une a Egisto, sobrinho de seu marido, porque não

Relacionados

  • Electra An lise
    1267 palavras | 6 páginas
  • O mito na obra de Nelson Rodrigues: Uma reflexão em Senhora dos Afogados e Álbum de Família.
    23458 palavras | 94 páginas
  • TRABALHO DE FILOSOFIA
    566 palavras | 3 páginas
  • Artigo electra
    1149 palavras | 5 páginas
  • Tróia
    1016 palavras | 5 páginas
  • Diversos
    2810 palavras | 12 páginas
  • MOSCAS
    840 palavras | 4 páginas
  • Sófocles
    546 palavras | 3 páginas
  • Hamlet de saias
    3653 palavras | 15 páginas
  • Paper sobre contar a lei capitulo II oresteia
    1801 palavras | 8 páginas