O MITO DA CAVERNA O mito da caverna foi escrito por Platão no livro VII de sua obra “A República” como forma de descrever a situação em que se encontrava e se encontra a sociedade, já que é uma obra clássica e, portanto, vale para qualquer período. Para Platão, todos nós estamos condenados a ver sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras. Platão viu a maioria da humanidade condenada a uma infeliz condição. Imaginou três prisioneiros desde que nasceram no fundo de uma caverna, imobilizados, obrigados pelas correntes que os atavam a olharem sempre a parede em frente. Pelas paredes da caverna ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade. Em certo momento, um dos prisioneiros consegue se libertar e, aos poucos, vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras vistas dentro da caverna eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza. Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras. Era assim que viviam os homens, concluiu ele. Acreditavam que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos (que Platão chama de ídolos) eram verdadeiras, tomando o espectro pela realidade. Platão quis dizer que a realidade está dividida em duas partes: A primeira é o nosso mundo irreal, cheio de idéias imperfeitas (forma, cor, leis), todas cópias da matriz. Aquele mundo que domina todos de forma arrogante, usando os nossos sentidos para nos enganar. Logo, estamos presos em um mundo sensível (porque nunca vemos,