Mistérios Nórdicos Resumo - Capítulo 03

Antes não existia nada na imensidão, só um imenso vão chamado Ginnugagap, que pode ser interpretado como o próprio útero da Deusa Mãe em visões feministas, preenchido de proto-energia, após incontáveis éons – tempo geológico -, surgiram duas regiões, dois polos extremos, ao sul Muspelheim e ao norte Neflheim. Muspelheim regida pelo fogo cósmico, contrário e complementar a Neflheim, sua energia é expansiva, intensa e luminosa, mas em excesso torna-se explosiva, aqui habitam os gigantescos e antigos seres Thursar e Etins com imenso potencial transformador ou destruidor, desaconselha-se ‘viajar’ por esta dimensão, sua runa é Dagaz, seu elemento é fogo, suas cores vermelho e laranja, seu poder é destruição e regeneração e seu regente é Surt, gigante que guarda suas chamas, possuidor de uma espada flamejante. Neflheim imerso na escuridão, coberto de nevoa e frio. Local onde a água surge da neblina condensada com a brisa quente de Muspelheim, que participou junto com Neflheim na criação de Midguard do vazio primordial de Ginnugagap, é dali que se origina o Ragnarok. A névoa de Neflheim o faz um mundo de ilusão, um estado indefinido entre o tangível e intangível, real e irreal, sua runa é Naudhiz, seus elementos gelo, névoa e água, suas cores preto ou cinza, seu guardião Nidhogg. Niflheim representam as sementes vazias entre a mente e o corpo aguardando fertilização
Após milênios estas duas regiões se expandiram e se encontraram em Ginnungagap. No centro de Nefheim, Hyergalmir, fonte que alimentava doze grandes rios chamados Elivagar, era jorrada sem parar e assim que recebia as lufadas do vento gélido de Nefheim transformava-se em blocos de gelo que rolavam até Ginnugagap, representando então a solidificação da energia escura do sal e vapor. Muspelheim ao contrário, banhado em luz, as fagulhas da espada de Surt as vezes eram levadas pelo vento e caiam em Ginnugagap, representando assim a vibração de energia luminosa, derretendo o gelo que ali continha, se condensando