Mistério de Deus
A Trindade “imanente” e a Trindade “económica”
Quando falamos na Trinda “imanente” falamos na Trindade eu subsiste na Divindade, desde toda a eternidade. Na essência, dizemos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são iguais em glória. Trata-se de uma questão que diz respeito à existêncial essencial de Deus!
Por Trindade “económica”, entendemos a Trindade tal como se manifesta ao mundo, especialmente na redenção do pecador. Deste modo estamos perante a Trindade que se revela aos Homens pura e simplesmente por Amor. Existem “três obras” essênciais, se assim as podemos descrever, que são atribuídas à Trindade: a Criação, a Redenção e a Santificação.
Neste contexto temos de enunciar o axioma de Karl Rahner: «A Trindade “económica” é a Trindade “imanente” e vice-versa”.
Perante este axioma levantam-se algumas questões. Será eu Deus é de facto como se revela? Será possível conhecer a realidade íntima de Deus? Será que a Trindade “económica” (que se revelou na História da Salvação) coincide com a Trindade “imanente” (como Deus é em si próprio)?
De facto a Trindade “económica” é a Trindade “imanente”, pois Deus não nos engana na Revelação e quer que O conheçamos o suficiente para O amarmos.
Deste modo é necessário termos em conta que o contrário já não se pode afirmar, que a Trindade “imanente” se identifique com a “económica”. Para percebermos melhor isto vejamos o que diz Von Baltazhar: “A Trindade económica aparece realmente como a interpretação da Trindade imanênte que apesar de ser o princípio fundamental da primeira, não pode simplesmente identificar-se com ela. Em tal caso, a Trindade eterna corre o risco de cair reduzida à Trindade económica”.
Este axioma é muito importante para a Teologia, uma vez que fez desenrolar a reflexão acerca da Trindade e nos deu uma visão que deve ser entendida adequadamente, ou seja, quem perceber adequadamente este axioma concluirá que sem a segunda parte do axioma a primeira pode cair no vazio de