Missão de paz no sudão
O Sudão – país que possuía o maior território na África – enfrentou mais de vinte anos de guerra civil. O conflito que devastou a Nação deixou mais de dois milhões de mortos e cerca de quatro milhões de refugiados num cenário de estagnação socioeconômica.
A Missão de Paz das Nações Unidas no Sudão (UNMIS) foi implantada pela resolução 1590 de 24 de Março de 2005, para apoiar a implantação do Acordo de Paz Global firmado entre o Governo do Sudão (GoS) e Movimento/ Exército de Libertação Popular do Sudão – (SPLA/M - Sudan People’s Liberation Movement/ Army). O Acordo de Paz Global (CPA) incluiu acordos sobre as questões pendentes remanescente após o Protocolo de Machakos e tinha disposições sobre medidas de segurança, a partilha do poder na capital Khartoum, alguma autonomia para o sul, e distribuição mais equitativa dos recursos econômicos, incluindo o petróleo. O CPA pôs fim na guerra civil mais longa da história da África.
O Conselho de Segurança decidiu ainda que a UNMIS consistiria de até 10.000 militares e um elemento adequado civis, incluindo até 715 policiais civis. O componente militar da UNMIS foi implantado em dois locais-chave - Sede em Khartoum e Base Logística em El Obeid - bem como seis outras áreas, conhecidas como setores, que tiveram sedes regionais em Juba, Wau, Malakal, Kadugli, Ed Damazin e Abyei.
Parte do contingente brasileiro, que conta com a presença de militares do Exército, da Forca Aérea e de policiais militares, foi desdobrada na porção norte da área de missão. Nessa região predominam o clima desértico, a cultura árabe e a religião islâmica. A outra parte atuou na porção centro-sul, que apresenta ambiente operacional, cultura e religião completamente diferentes. O povo sudanês manifesta grande admiração pelo trabalho desenvolvido pelos brasileiros. Esse aspecto tem facilitado o relacionamento com as autoridades e com os líderes das localidades mais distantes. Após a realização do