minhas memórias
Desde pequena tive muito contato com crianças, na minha rua era cheio de crianças de todas as idades. Éramos uma família. Quando interagíamos, era divertido, prazeroso e encantador. Vivi realmente minha infância, pude aflorar a imaginação, descobrir o mundo dos contos de fada, ter o contato com a natureza, brincar, correr, gritar, chorar, compartilhar, aprender novos conhecimentos, ter muitos amigos, ir a escola e principalmente receber a atenção e compreensão constante de meus pais. Vim de uma família muito humilde, meu pai sempre foi um grande herói pra mim, trabalhava na colheita de café e minha mãe era costureira. Fui sempre muito peralta, era muito curiosa, brincávamos até o anoitecer, porém, sempre com a orientação dos adultos. “Aprontava” muito em casa, principalmente para com minha irmã , sendo mais nova, era mais inocente. Lembro-me que brincávamos na rua e não havia os problemas de trânsito, assalto, seqüestros, etc; até aconteciam, com certeza, porém, não era tão perigoso como atualmente.
Aqui, podemos ver como as crianças, hoje, não têm mais a liberdade do brincar na rua, de se divertir diante de tantas “mulecagens” que a vida na rua possa proporcionar. Vejo, assim, a importância que devemos dar ao ato de brincar dentro das escolas.
Entrar na escola foi algo tão marcante que ainda lembro das primeiras aulas, das primeiras professoras, da escola e tudo mais que dela fazia parte.
Quando fiz cinco anos, meus pais resolveram me colocar na escola, antigamente era Pré, “Pinguinho de Gente”, eu adorava aquela escola, era tudo limpinho, do meu tamanho, o cheirinho da escola parece até hoje ficar no pensamento. Lembro das folhas de jornal que a tia mandava agente rasgar em pedaços pequenos, ai meu dedinhos doíam tanto, rsrrs. Gostava tanto de lá, as “tias” eram boazinhas, o que eu mais queria era aprender logo a ler e a escrever. Fazia todas as