Minha vida
Atualizado em 2 de maio, 2013 - 07:41 (Brasília) 10:41 GMT
Novo vírus já sofreu duas mutações, ficando mais perto de ser transmitido entre humanos
O surgimento de um novo tipo de gripe aviária na China representa uma ameaça séria à saúde humana, mas ainda é cedo para prever se a doença poderá se espalhar em escala global, afirmam especialistas ouvidos pela BBC.
Desde março, quando o vírus H7N9 foi identificado, 126 pessoas foram contaminadas. Entre elas, 24 morreram e outras dezenas estão internadas em estado crítico.
Pesquisadores dizem estar monitorando de perto o ritmo e a seriedade da epidemia, mas esclarecem que até agora não há evidências de que o H7N9 pode ser transmitido entre humanos, levando a uma possível pandemia.
Pesquisas recentes sugerem que, para que isto ocorra, é necessário que o vírus sofra entre quatro e cinco mutações, mudando de um organismo hospedado por aves para um que se espalhe facilmente pelo ar.
"Até agora as pessoas que foram contaminadas tiveram contato direto com aves, provavelmente frangos comprados em um mercado chinês", afirma a pesquisadora Wendy Barclay, do Imperial College London.
"Mas o que nos preocupa é saber que o vírus H7N9 já sofreu ao menos duas mutações, ficando mais perto de se tornar um vírus que pode se espalhar pelo contato humano", alerta Barclay.
O professor John McCauley, diretor de um centro de saúde que colabora com a Organização Mundial de Saúde (OMS), diz que a organização está levando a ameaça da nova gripe a sério.
Ele diz que entre os sintomas da doença estão pneumonia, envenenamento do sangue – caracterizado pela presença de bactérias na corrente sanguínea – e falência dos órgãos.
A última gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, se espalhou rapidamente para humanos em 1997 e já matou mais de 300