Minha terra tem palmeiras
O uso de plantas para a cura de doenças é uma prática tão antiga quanto à existência do homem. No Maranhão em um pequeno município chamado Lago do Junco essa tradição se perpetua de mãe para filhos, até mesmo porque a falta de recursos da comunidade para a aquisição de remédios e a ausência de um posto médico na região mantém a prática viva.
Em Lago do Junco essa tradição se diferenciou por melhorar a qualidade de vida da comunidade com a implantação do Horto e da Farmácia Fitoterápica através de um projeto de desenvolvimento.
Município fundado em 1961, Lago do Junco pertence à região dos cocais, está situado a 315 km de São Luiz. No censo de 2000 sua população era de 9.211 pessoas sendo que destas aproximadamente 60% viviam na zona rural. A vegetação predominante é a palmeira de babaçu, mesmo ameaçada pela expansão da pecuária na região, boa parte da população depende do que é produzido através da palmeira do babaçu.
As quebradeiras sempre foram guerreiras que lutavam pelo direito de trabalharem. A lei municipal do "Babaçu Livre", que lhes deu o direito de poder entrar nas áreas dos cocais em propriedades particulares foi uma conquista das quebradeiras que incluiu a preservação da palmeira do babaçu na paisagem do Maranhão. Outra conquista foi a criação da Cooperativa das Quebradeiras de Coco de Ludovico, que produzia artesanalmente o sabonete, e extraía o óleo do babaçu que era vendido para uma empresa chamada Body Shop a qual pagava o dobro pelo óleo e comercializava no exterior.
Havia educação pública, porém de forma bem precária, o material didático não era suficiente, não existia biblioteca. A merenda escolar necessitava de mais higiene e diversidade. Existia um único curso profissionalizante de Magistério o qual não atendia as necessidades dos alunos.
Dentre os problemas na área de saúde os mais latentes eram a ausência de um posto médico, sendo os casos mais emergenciais atendidos no município de Lago da Pedra e o IDH – Índice de