Minerais formadores de rochas
Introdução
Na formação dos minerais, três fatores são importantes: disponibilidade de material, pressão e temperatura. Em relação à disponibilidade de material, embora existam aproximadamente 80 elementos encontrados nos minerais já descritos (cerca de 4.000 espécies), atualmente, cerca de 98,5% da crosta terrestre é composta por 8 elementos que formam os minerais mais comuns. São eles: O=46,6%, Si=28,9%, Al=8,3%, Fe=4,0%, Ca=4,1%, Na=2,3%, K=2,4% e Mg=1,9%. Assim, por causa da grande abundância do oxigênio e do silício na crostra terrestre, a maioria dos minerais é da classe dos silicatos. Os silicatos, estruturalmente, apresentam os íons Si e O arranjados em forma tetraédrica, com o silício ocupando o centro, formando o grupo aniônico (SiO4)-4. O alumínio também é um elemento abundante e, em vários silicatos, está presente juntamente com o oxigênio e silício. Portanto, de modo geral, a maioria dos silicatos é considerada como estrutura de íons silicatos contendo Al, isto é , (AlSiO4)-, ligados por cátions de outros elementos comuns, tais como: Na, K, Ca, Fe, Mg, etc., em vários arranjos e proporções de modo a originar as espécies mais comuns. Como todo o silicato consiste de uma unidade tetraédrica (SiO4)-4, correspondendo à parte principal da estrutura, o restante da mesma é constituida de cátions, oxigênios, moléculas de água ou íons hidroxila. A combinação de ambos gera uma estrutura eletricamente neutra. Em muitos estruturas de silicatos, o cátion Al substitui parte do Si (ex.: nos tectossilicatos) formando as unidade aniônicas (AlSiO4)-1, ou então, substitui outros cátions comuns como Mg+2, Fe+2, etc., podendo também acontecer as duas situações num mesmo mineral (ex., na hornblenda, na augita, etc.). Alguns elementos raros têm comportamento similar aos elementos comuns, por isso, não formam minerais independentes, mas se associam a eles. Ex.: Rb que se associa ao K. Os minerais são classificados de acordo com o íon