milton santos
O documentário é introduzido com a seguinte frase: “É preciso explicar porque o mundo de hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico e que a esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções e das insurreições.” (Jean Paul Sartre, 1963, Prefácio de ‘Os Condenados da Terra’, de Frantz Fanon).
Em seguida, Milton Santos insere na discussão o conceito de Clarividência: a habilidade adquirida de “tentar ver, a partir do presente o que se projeta no futuro”.
Inicia-se a partir do conceito uma discussão que afirma que a visão do que acontece no mundo é diferente, a depender da localização do observador e sua experiência: “O mundo é o que se vê de onde se está”.
É exibido em seguida os primeiros processos de globalização e seus efeitos. A primeira data dos tempos do descobrimento dos novos continentes foi caracterizada pela ocupação territorial e domínio dos povos para o saque de suas riquezas, ignorando sua história e cultura. A segunda globalização começa no século XX, marcada pela fragmentação dos territórios. A revolução tecnológica promoveu a desorganização da sociedade. O humanismo é deixado de lado e o meio para o progresso passa a ser o consumo voraz, no centro das atenções das sociedades e dos Estados.
A partir desse ponto, a estrutura é dividida em sub-tópicos que constroem uma lógica que exibe as contradições e falhas na política da globalização:
Um pouco de Milton: um discurso em que ele diz considerar-se um intelectual outsider, fala sobre as dificuldades de ser intelectual e negro, os motivos de ter escolhido a geografia e seu interesse sobre as comunidades que mudam de lugar e pela história e considera-se um marxista por ser contra a não-discussão de disciplinas, que acabam por se tornar dogmas. Explica também que o mundo está chegando a um estado de saturação, o que torna possível a construção da sociedade mundial de outra forma.
Ignorando a