migração de retorno
INTRODUÇÃO
O texto busca compreender as migrações recentes no Brasil, enfatizando a tendência de migração de retorno para o Ceará. O estudo compara as informações sobre os movimentos migratórios para todos os estados.
O deslanchar dos processos migratórios recentes tem suas raízes de transformações desde os anos 1980, quando as clássicas interpretações da migração viam o desempenho econômico das áreas alcançarem seus limites. Busca-se recapitular as tendências gerais da migração nos anos 1980 e 1990 a fim de que se possa acompanhar, no longo prazo, a manifestação das migrações internas no Brasil e sua configuração atual, pretendem apresentar os movimentos migratórios contemporâneos, em particular aqueles referentes aos períodos 2001-2006 e 2003-2008, que, imersos em um novo contexto socioeconômico e urbano, imprimem espaços da migração marcados por diferente “condição migratória”: áreas de retenção de população, áreas de perdas migratórias e áreas de rotatividade migratória.
Trata também, especificamente, das recentes trocas migratórias positivas do Estado do Ceará com as demais Unidades Federativas (UFs), destacando, a recente tendência de migração de retorno para esse estado, que, no bojo das transformações econômicas, políticas, institucionais e sociais, a partir dos anos 1980 e 1990, aumentou a incidência de fluxos populacionais em sua direção, com destaque para o volume de retornados.
BREVE RETROSPECTO: AS TENDÊNCIAS A PARTIR DOS ANOS 80
As mudanças no processo migratório nacional tiveram, a partir dos anos 70, o deslanchar de suas transformações. No contexto dos deslocamentos interestaduais, apesar da centralidade migratória no Sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro foram os dois estados dessa região que já haviam assistido a uma redução em seus volumes de imigrantes dos anos 70 para os 80 do século XX. . O Sudeste, que chegava a ter um movimento migratório que envolvia