Microondas na Química
Micro-onda é uma forma de energia eletromagnética que fica entre o infravermelho e as ondas de rádio no espectro eletromagnético, situando-se na região de 300 a 300.000 MHz. Sua energia é constituída por um campo elétrico e magnético, mas apenas o elétrico é responsável pelo aquecimento.
Muito importantes na Segunda Guerra Mundial, geradores de micro-ondas eram os núcleos dos radares, que emitiam essas ondas e captavam seus reflexos. Devido à alta demanda de unidades, cientistas britânicos, principais detentores da tecnologia procuraram cientistas e o governo dos EUA em busca de utilizar seus parques industriais para produção. Assim ocorreu então um encontro destes pioneiros com um engenheiro autodidata chamado Percy L. Spencer, que criticou o método de fabricação inglesa, considerando-o inadequado, e pediu permissão para levar o magnétron (aparelho emissor) para sua casa afim de estudos mais avançados. Permitido, fez drásticas alterações no modelo, melhorando processos produtivos e eficácia do equipamento.
Já era de conhecimento o fato de que o aparelho gerava calor, mas foi Spencer que observou e avaliou o potencial para cozimento, notou uma vez que uma barra de chocolate em seu bolso havia derretido após um experimento com o magnétron, fez mais experimentos voltados a isso: espalhou milhos de pipoca em frente ao equipamento e percebeu que estouraram, em outra ocasião um ovo explodiu em situação igual. Assim apresentou, juntamente com a empresa em que trabalhava, em 1947 o primeiro forno micro-ondas, com enormes dimensões utilizados por estabelecimentos comerciais e necessitando de refrigeração interna. Por volta de 1960 a 1970 foram desenvolvidos e colocados à venda com sucesso os aparelhos domésticos.
Os pioneiros da utilização de micro-ondas na química analítica, utilizavam os equipamentos domésticos, o que foi percebido inviável pois estes variavam em potência e não possuem um controle adequado de temperatura. O que estimulou a invenção de