MICRO E IMUNO
CLOSTRIDIUM BOTULINUM
BOTULISMO
Clostridium botulinum, responsável pelo botulismo. As toxinas consistem em proteínas neurotóxicas ( PM = 150.000) de estrutura e ação semelhante. São constituídas de cadeias pesadas e leves unidas por uma ligação de dissulfeto. Acredita-se que a cadeia pesada ligue especificamente a toxina ás placas terminais dos nervos motores, com internalização da toxina. A cadeia leve bloqueia a liberação de acetilcolina mediada por cálcio. As toxinas C. botulinum estão entre as substâncias mais tóxicas conhecidas: a dose letal para o ser humano é provavelmente cerca de 1-2 Mg. As toxinas são destruídas pelo calor de 100 C durante 20 minutos. A produção de toxina encontra-se sob o controle de um gene viral. Algumas cepas toxigênicas de C. botulinum liberam bacteriófagos que podem infectar cepas não-toxigênicas, convertendo-as em toxigênicas.
A doença não é uma infecção. O botulismo é uma intoxicação resultante da ingestão de alimentos nos quais C. botulinum cresceu e produziu toxina. Os veículos mais comuns incluem alimentos condimentados, defumados, embalados a vácuo ou enlatados alcalinos, ingeridos sem cozimento. Nesses alimentos, os esporos de C. botulinum germinam, em condições anaeróbias, as formas vegetativas crescem e produzem toxina.
A toxina atua ao bloquear a liberação de acetilcolina nas sinapses e nas junções neuromusculares. Em consequência, ocorre a paralisia flácida.
Os sintomas surgem dentro de 18-24 horas após a ingestão do alimento contaminado, com distúrbios visuais (incoordenação dos músculos oculares, visão dupla), incapacidade de deglutir e dificuldade em falar. Os sinais de paralisia bulbar são progressivos , e a morte ocorre por paralisia respiratória ou parada cardíaca. Os sintomas gastrintestinais não são regularmente proeminentes. Não ocorre febre. O paciente permanece totalmente consciente até pouco antes da morte. A taxa de mortalidade ~e elevada. Os paciente que se