Micro Central Hidrelétrica
O Brasil possui uma privilegiada posição em matéria de matriz energética, com 82% de sua eletricidade obtida de fontes renováveis, sendo a maior parte de centrais hidrelétrica, e apenas 18% de usinas termelétricas alimentadas com combustíveis fósseis ou nucleares. Porém apenas 2% da eletricidade gerada no país provêm de Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCH) e com a crise energética, o “apagão”, no início do milênio houve um grande impulso para a revitalização dessa forma local e menos impactante de geração de energia (GREENPEACE, 2004).
Em 27 de setembro de 2010 foi firmado um convênio entre o Campus Curitiba da UTFPR (Universidade
Tecnológica Federal do Paraná) e a Prefeitura de Bocaiúva do Sul, que previa a reativação da Micro Central
Hidrelétrica Roncador.
Porém a usina está desativada, de acordo com o Instituto das Águas do Paraná (2011), desde 1959 e muitas das estruturas e equipamentos não se encontram em condições de funcionamento. Logo se fez necessário avaliar as estruturas e equipamentos existentes para levantar o que pode ser utilizado e o que deve ser trocado ou reformado.
2. CLASSIFICAÇÃO
Para a classificação das centrais hidrelétricas devem ser considerados diversos critérios como potência gerada, queda, forma de captação, quanto à forma de utilização das vazões naturais e quanto a sua função no sistema (SOUZA,
1983). A Tabela (1) ilustra alguns desses critérios.
Tabela 1. Classificação das PCH quanto à Potência e quanto à Queda de Projeto
CLASSIFICAÇÃO
POTÊNCIA - P
QUEDA DE PROJETO - Hd (m)
DAS CENTRAIS
(kW)
BAIXA
MÉDIA
ALTA
MICRO
P < 100
Hd < 15
15 < Hd < 50
Hd > 50
MINI
100 < P < 1.000
Hd < 20
20 < Hd < 100
Hd > 100
PEQUENAS
1.000 < P < 30.000
Hd < 25
25 < Hd < 130
Hd > 130
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De acordo com a classificação