Michelangelo
Desde criança, Michelangelo já enchia cadernos com desenhos, e não tinha nenhum interesse em outras matérias na escola. Para seu pai e seus tios era uma total vergonha ter um artista na família que era de linhagem florentina, por isso ele foi espancado várias vezes. Mas apesar disso, o orgulho familiar nunca o abandonou. Ele queria ser reconhecido como Michelangelo Bounarroti e não apenas Michelangelo.
Quando completou 13 anos ele ingressa, contra vontade de seu pai, como aprendiz no estúdio de Domenico Ghirlandaio e já foi ali considerado um mestre da pintura de Florença. Porém, Michelangelo logo se cansa do ritmo de ensino e fica apenas cerca de um ano. Ele considerava a pintura uma “arte limitada”, ele buscava uma expressão maior. Monumental. É claro, existe outro motivo pelo qual ele saiu; seus trabalhos eram tão bons que o professor invejoso, afastou o aluno. Mas, nada prova que isso realmente tenha acontecido.
Assim que deixou Ghirlandaio, Michelangelo entra para a escola de escultura de Lourenço, o Magnifico. Que era muito rico e mantinha a escola nos jardins de São Marcos. Ele logo se interessou pelo estudante e o deixa morar no palácio.
Michelangelo ficou mais que satisfeito com esse novo mundo. E em seu primeiro trabalho como escultor (na pedra) era visível a força e a beleza das divindades do Olimpo.
Nos jardins de Lourenço, Michelangelo participa de palestras sobre filosofia e estética. E na Igreja del Carmine, ele copia os afrescos* de Masaccio. Porém, Michelangelo não tinha paciência com os outros colegas que não acompanhavam sua genialidade. Ele era hostil e irônico. Ridicularizava o trabalho de todos. Mas ao falar sobre o trabalho de Torrigiano dei Torrigiani, que