Michel Foucault
1Paul-Michel Foucalt nasceu dia 15 de outubro de 1926, em Poitiers, na França. Sua família era de burgueses abastados, possuindo dois irmãos. Seu pai era Cirurgião, Professor na Faculdade de Medicina e dono de uma clínica bem sucedida, que era administrada junto com sua mãe, responsável também pelas finanças da família.
Na infância, Foucault nunca se destacou pelo seu brilhantismo, pelo contrário, ele era alvo de piada dos colegas por ser frágil e míope. Mas a partir de seus 20 anos, as coisas começaram a mudar, quando ele conseguiu, na segunda tentativa, um lugar na École Normale Supérieure, em Paris, onde passou a se chamar apenas Michel.
Durante a sua adolescência, consciente de sua homossexualidade à época ilegal e, consequentemente, inaceitável para sua família, teve a vida conturbada, libertina e desregrada, inclusive com tentativa de suicídio. Era visto como louco e perigoso por seus colegas.
Diante de seu entusiasmo pela disciplina de história, Foucault começou a ler Hegel, em que começou a ver a unidade entre a filosofia e a histórica e a sua imediata relevência para o presente. O próximo passo foi em direção a Heidegger e sua visão sobre a situação do homem ser determinada por elementos muito mais profundos que a mera razão.
“O passado está vivo no presente, e o modo como compreendíamos o passado demonstrava como poderíamos compreender o presente. A história não estava mais registrando a verdade do passado, mas revelando a verdade do presente”. Assim era a orientação do pensamento de Foucault.
Posteriormente, desiludido pelo pós-guerra e pelos valores tradicionais, Foucault foi influenciado pelo exitencialismo subjetivo de Jean-Paul Sartre, o qual também carregava certa bagagem oriunda de Heidegger.
No seu desenvolvimento, tanto como filósofo quanto como pessoa, Foucault amadureceu velozmente adquirindo uma segurança intelectual juntamente com seu autoconhecimento emocional. Nessa mesma época, ele se interessou pelos estudos de seu