meyrijane a moura

INTEGRANDO O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO - 1970 No início da década de 1970, a atenção foi focalizada primeiramente no meio biofísico, por exemplo, nas questões de gerenciamento de animais selvagens, conservação do solo, poluição da água, degradação de terra e desertificação, e as pessoas foram consideradas como a causa fundamental destes problemas. No Oeste houve (e de certo modo ainda há) duas escolas principais de pensamento referente às causas da degradação ambiental: uma escola acusou gula e busca inexorável de desenvolvimento econômico; a outra acusou crescimento populacional. Estes pontos de vista foram expressos no estudo mais famoso da época: modelo computacional do futuro global pelo Club of Rome. Publicado como The Limits to Growth (Os limites de crescimento), o modelo de Club of Rome analisou cinco variáveis – tecnologia, população, nutrição, recursos naturais e meio ambiente. A sua conclusão principal foi de que, se as tendências atuais continuassem, o sistema global será sobrecarregado e colapsará antes do ano 2000 e que para que isto não acontecer, crescimentos tanto da população como da economia precisam parar. Embora The Limits of Growth ter sido severamente criticado, ele publicou pela primeira vez o conceito de limites externos – a idéia de que desenvolvimento pode ser limitado pelo tamanho finito de recursos da Terra. O mundo de 1972 estava fortemente polarizado e é surpreendente que uma conferência internacional sobre o meio ambiente foi proposta (pela Suécia em 1968) e até realizada (em Estocolmo em 1972). Desta conferência nasceu o "espírito de compromisso de Estocolmo" no qual representantes dos países desenvolvidos e em desenvolvimento procuraram meios para acomodar os pontos de vista divergentes de cada um. A Conferência foi patrocinada pela Suécia após severos danos a milhares de lagoas do país por chuvas ácidas resultantes da severa poluição atmosférica na Europa Ocidental. Outras mudanças principais após