Mexico
Ao analisar as semelhanças e parecenças culturais entre Sevilha e Lisboa, bem como o impacto da recepção de um acontecimento mundial para o impulso de ambas as cidades no mundo, pode-se observar que: enquanto as duas registaram boa assistência na recepção ao evento, um número elevado de visitantes e um aumento da indústria turística, a principal diferença observa-se no pensamento estratégico e na visão a longo prazo. Lisboa soube capitalizar as infraestruturas utilizadas para suportar a feira, preservando-as e integrando-a posteriormente na cidade dizendo, um maior projecto de desenvolvimento depois da exposição. Sevilha não teve o mesmo tipo de alcance estratégico, pelo que a maior parte das construções tiveram de ser removidas pela falta de visão a longo-prazo. Com o modelo Hofstede, é explicada esta diferença pelo "Índice de Visão a Longo Prazo", que revela um maior sentido de planeamento em Lisboa. Um ponto interessante é que Sevilha teve mais visitantes e turistas que a capital portuguesa, mas o investimento da segunda foi muito maior, o que apoia tanto os resultados do Índice de Visão a Longo Prazo como o das Incertezas. Sevilha foi mais cautelosa com os gastos monetários, enquanto Lisboa foi estratégica mas ambiciosa ao mesmo tempo, apostando no sucesso e no impacto - a curto e longo prazo - do evento. Estes factos permitem-nos perceber o quão importantes e distintos são os valores socioculturais abordados por diferentes países acuando o planeamento de negócios. Conclui-se que ambas tiveram benefícios em formas diferentes: Sevilha foi melhor sucedida a curto prazo, mas Lisboa focou-se num projecto a longo termo. Não quer dizer que sejam visões certas ou erradas, mas diferentes e adaptadas ao objectivo de cada uma. Sevilha diferenciou-se pelo entendimento intercultural enquanto Lisboa pelos benefícios económicos a longo prazo, sustentados pela hospitalidade tanto actual como futura.