Metrologia
É comum, no meio industrial, a metrologia ser considerada um tema de pouca importância, que não agrega valor, sendo somente um custo, um “peso”, um mal necessário. Muitas vezes a sua existência deve-se somente à imposição de certificações de Qualidade (ISO 9000, ISO/TS 16949), de obrigações legais (regulamentações da ANVISA, Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura, INMETRO, etc), de barreiras técnicas de países importadores e também devido à exigência de clientes mais “rigorosos”. Sabe-se também que no aprofundamento do seu uso depara-se com uma ciência complicada, que exige um forte trabalho intelectual, uma formação básica sólida em ciências exatas, além de depender em algum momento do uso de equipamentos e infraestruturas caras.
Se de um lado tem-se uma visão da Metrologia como algo de pouca importância, de baixa relação benefício-CUSTO, por outro lado sua presença e prática são requeridas na caracterização de um estado de qualidade (certificações) e por aqueles que definem critérios de atendimento e aceitação de um produto e qualificam/homologam seu fornecedor. Tal é o peso desta exigência que a possibilidade de fornecimento, algumas vezes, é totalmente dependente. Tem-se então o Paradoxo da Importância da Metrologia.
Partindo do princípio que a Metrologia é um custo, podendo ser até um alto custo, e que sua presença e práticas são requeridas e impostas por alguns clientes, o grande dilema do GESTOR é ou aceitá-la como CUSTO e continuar a maledicência costumeira tentando mantê-la nas condições de CUSTO mínimo, às vezes mesmo sendo como fachada, ou buscar transformá-la em um “bom investimento”. No sentido inverso pode-se entender que a Metrologia é um INVESTIMENTO, pois como resultado temos a queda de uma das restrições de venda. Novamente nos deparamos com o Paradoxo. Onde está o “x” da questão? A resposta está no entendimento da genuína razão da exigência da METROLOGIA e na percepção que