Metro de Londres
A superlotação na cidade de Londres levou seus responsáveis a uma série de medidas, uma delas foi a implantação do Metrô de Londres, o primeiro do mundo.
Charles Pearson, criador da rede de metro, disse certa vez que a única solução para os constantes engarrafamentos na cidade era transferir o transporte coletivo para cima de viadutos ou para debaixo da terra. Optou-se pela segunda opção. E foi então que 3500 operários começaram a arrancar casebres e barracos, deixando sem teto 12 mil pessoas, justamente da camada mais pobre da população. O método utilizado foi o “cortar e tapar” que só se tornou viável graças à grossa camada de argila, que permitia escavações durante certo período de tempo sem que o túnel desabasse. E em 10 de janeiro de 1863 inaugurou-se a primeira linha de transporte subterrâneo do mundo.
De início os vagões eram movidos à vapor. Os gases eram recolhidos num vagão especial e liberados fora do túnel, porém o sistema não era ideal, conforme noticiou o jornal Observer de 12 de janeiro de 1863:
"Apesar da excelente ventilação, os funcionários já começaram a sentir os efeitos negativos. Dois homens intoxicaram-se com o ar contaminado e tiveram que ser hospitalizados. (...) Infelizmente, é preciso reconhecer que o sistema de ventilação ainda não está apurado o suficiente. (...) Os passageiros terão que calcular com grandes desconfortos."
Por isso, as primeiras linhas não eram totalmente subterrâneas, passando por locais a ceu aberto. Só a partir de 1890, com o advento da eletricidade, o traçado passou a ser todo debaixo da terra, pois não havia mais problemas de ventilação.
Logo foi desenvolvido um horário regular para os trens. O trecho principal, entre Paddington e o centro, tinha 6,5 quilômetros. Entre as 6 e 8 horas da manhã, havia um metrô a cada meia hora. Depois, a cada 15 minutos. Na primeira classe, a passagem custava 6 pence, na segunda, quatro, e, na terceira, três pence.
O sistema de Pearson e Fowler,