METODOLOGIA
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CAPíTULO
11
o TRABALHO
ACADÊMICO:
ORIENTAtÕES GERAIS
PARA O ESTUDO
NA UNIVERSIDADE
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fato, o conhecimento científico exige um vocabulário de segundo nívfl,
30 Paolo CAROS!, Curso de filosofia, I, p. 257.9.
31 Ibid., p. 269; Olhon M. GARCIA, Comunicação em prosa moderna, p. 304; L. LIARD, Lógica, p. 24.
32 Sean BELANGER, Teoria e prática do debate, p. 87.
86 ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO
METODOLOGIA DO TRABALHO clENI1FIco
ou seja, um vocabulário técnico. Para o pensamento teórico da ciência ou da filosofia, não bastam os significados imediatos da linguagem comum. Conceitos e termos adquirem significado unívoco,; preciso e delimitado. Às vezes são mantidos os mesmos termos, mas as significações são alteradas, com uma compreensão bem definida. Em certo sentido, estudar, aprender uma ciência é, de modo geral, aceder a? vocabulátio técnico, familiarizando-se com ele, habilitando-se a manipulá-lo e superando assim o vocabulário comum.
O vocabulário pode ainda atingir um terceiro nível: é o caso de conceitos que adquirem um sentido específico no pensamento de determinado autor ou sistema de idéias. Isto é muito comum nos trabalhos dos pensadores teóricos, na ciência e na filosofia.
Um trabalho científico de alta qualidade exige, portanto, o uso adequado de um vocabulário técnico e, eventualmente, de um vocabulário específico. A percepção de tais significações diferenciadas é também condição essencial para a leitura científica e para o estudo aprofundado.33
Na composição de um trabalho científico, o vocabulário técnico e o vocabulário específico ocupam os pontos nevrálgicos da estrutura lógica do discurso, ao passo que o