metodologia

A relação com o conhecimento tornou-se, ao longo da história, cada vez mais inerente ao ser humano. Desde a Antiguidade, estudiosos como Aristóteles, Pitágoras e Ptolomeu usaram de sua incerteza em relação ao mundo para observar e explicar os fenômenos à sua volta. Naquela época, o método científico dava seus primeiros passos. Surgiram-se as escolas e as universidades, abrangendo diferentes áreas do conhecimento, cujo papel também foi importante para o desenvolvimento da racionalidade científica, devido ao desencadeamento de debates entre os estudiosos e do incentivo à observação empírica. Porém, assim como há diversas áreas de estudos diferentes, há também opiniões diferentes.
Desde aquela época, entram em conflito, no meio acadêmico e na sociedade em geral, opiniões do conhecimento científico e do conhecimento sensível (senso comum) ou entre conhecimento científico e conhecimento teológico. Aos olhos da teoria do conhecimento, é a relação verdade x dogmatismo. Isso ocorre porque o conhecimento científico está num patamar diferente dos conhecimentos teológico e sensível. Enquanto estes se atêm à ignorância, conformando-se com o que lhes foi dito ou ensinado, aquele usa sua incerteza e observação empírica para contradizer e ou confirmar o conhecimento estabelecido no que lhe foi ensinado. Tais discordâncias podem ser verificadas em fatos ocorridos na história e até hoje em dia. Um dos exemplos mais fortes desse confronto é a questão astronomia x astrologia. Com o surgimento datado por volta de 1500 a.C., na Babilônia, a astrologia acredita ser possível fazer previsões com base na observação dos planetas do sistema solar. A astronomia, por sua vez, surgiu tal como se conhece hoje por volta do século XVI, tendo como principal estudioso Galileu Galilei. Naquela época, Nicolau Copérnico já desafiava o conhecimento sensível com sua teoria do heliocentrismo - o senso comum seguia as ideias de Aristóteles de uma Terra imóvel e