Metodologia Para Avaliacao De Espacos De Lazer
LAZER EM CIDADES MÉDIAS: O CASO DE RIO CLARO-SP
N. M. da Cruz, C. Barbosa e P. F. de Carvalho
RESUMO
O presente trabalho visa analisar a provisão e a qualidade do sistema de lazer para a viabilização de diagnósticos que subsidiem ações de planejamento. Partindo dos pressupostos de que os espaços de lazer são relegados nas políticas municipais e não atendem adequadamente às demandas da população e de que a ausência de um modelo de avaliação dificulta a pesquisa e o levantamento de tais espaços, buscou-se avaliar a situação destes no município, por meio de um roteiro de levantamento, que esclarecesse a sua implantação, manutenção e utilização. Assim, a adoção deste roteiro para o levantamento dos espaços de lazer universalizaria os parâmetros das avaliações, propiciando maiores índices de comparação, seja entre os espaços livres da mesma cidade ou de cidades diferentes.
1. INTRODUÇÃO
A gestão das áreas livres – praças, jardins e parques – e das áreas verdes – vegetação ciliares, florestas, arborização etc. – tem sido retomada por várias cidades brasileiras, motivadas pelo debate do desenvolvimento sustentável, propiciado pela Agenda 21. Uma das dificuldades está no modelo e nos padrões urbanos para a avaliação da questão e, conseqüentemente, para a elaboração de planos. Há várias metodologias que, apesar de ponderáveis, dificultam a avaliação e a comparação de padrões entre cidades semelhantes, inclusive de uma mesma região, ao mesmo tempo em que há pouca reflexão sobre cada modelo em si. A nova realidade urbana, com novos valores, padrões de consumo e de comportamento familiar e social, demanda uma reflexão principalmente sobre o papel das áreas livres no sub-sistema urbano de áreas verdes e na estrutura urbana, que, em última instância, devem servir para dar suporte a uma qualidade de vida