METODOLOGIA DIREITO PENAL I
a. Dados
Os
dados utilizados neste trabalho provêm da Pesquisa de
Vitimização realizada pelo Centro de Estudos em Criminalidade e
Segurança Pública (Crisp), entre fevereiro e março de 2002. Esse tipo de pesquisa contém informações sobre os aconte- cimentos criminais sofridos pelos indivíduos, so- bre a quantidade e o tipo de perda incorrida e as características dos criminosos. Além disso, englo- ba informações sobre as características socioeco- nômicas, os hábitos e as características de resi- dência e vizinhança dos indivíduos.
A
pesquisa de vitimização realizada em Belo Horizonte considera as seguintes categorias de crime: furtos (ato de apropriação de bens alheios sem que a vítima perceba a apropriação na hora da efetivação do ato); roubos (ato de apropriação de bens alheios em que a vítima percebe a apro- priação na hora da efetivação do ato); tentativa de roubo
(quando o indivíduo é vítima de roubo, mas consegue evitar a consumação do mesmo); roubo em residência (ato de apropriação de bens alheios que estejam dentro da residência da víti- ma, estando ela presente ou não); tentativa de roubo em residência (quando o indivíduo é víti- ma de roubo na residência em que, por algum motivo, não consegue ser efetivado); agressão (ato de ferir outrem com ou sem uso de armas)
tentativa de agressão (quando o indivíduo é víti- ma de agressão, mas não é ferido).1
O objetivo deste trabalho é, portanto, identi- ficar, por intermédio da estimação de modelos eco- nométricos, o perfil das vitimas no município de Belo Horizonte, no ano de 2002. A fim de avançar- mos no entendimento da criminalidade, analisa- mos cada categoria de crime separadamente (furto, roubo, roubo a mão armada e agressão). Em seguida, fizemos uma agregação, partindo de crimes de menor periculosidade para os de maior periculosi- dade, até que todos os crimes com motivação econômica (furto, roubo, roubo a mão armada) estivessem agregados.
Ao trabalharmos separada- mente com cada