METODOLOGIA CIENTIFICA
A falta de oportunidade, muitas vezes, é uma das justificativas usadas para se cometer crimes. Porém, é exatamente isto o que acontece quando uma ex-detenta deixa a prisão. A falta de oportunidade acaba dificultando a reinserção social. Na hora de conseguir um emprego, por exemplo, ex-presidiários sofrem com o preconceito e com a falta de apoio do Estado.
Na tentativa de diminuir o problema, o governo do Estado criou, em 2009, o Programa Estadual de Apoio ao Egresso do Sistema Penitenciário, o “Pró-Egresso”, que auxilia ex-presidiários a entrar no mercado de trabalho. Nele, empresas vencedoras de licitações de órgãos estaduais devem destinar 5% de suas vagas às pessoas com antecedentes criminais.
Segundo informações da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), o ex-detento deve se cadastrar no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT). Podem se candidatar ex-presidiários que saíram do sistema carcerário há no máximo um ano ou que estejam em liberdade condicional ou cumprindo penas alternativas. Para inclusão, são solicitados dados como aptidões e qualificações profissionais e pessoais, além de informações sobre cursos e atividades que o ex-detento já tenha desenvolvido.
Entretanto, as vagas que surgem para moradores da região são poucas e não suprem a demanda.
Preconceito atrapalha ressocialização de ex-detentos
Um dos grandes desafios é conseguir espaço no mercado de trabalho; baixa escolarização e medo do empresariado dificultam a inserção.
Paula Costa Bonini Reportagem Local
Londrina - A dificuldade de ressocialização é um problema enfrentado por todo ex-detento. Independentemente do crime cometido, ao ter a liberdade garantida, o egresso esbarra no preconceito de uma sociedade que não está preparada para recebê-lo. Recente pesquisa da Fundação Perseu Abramo revela que quem já cumpriu pena atrás das grades desperta repulsa ou ódio em 5% dos brasileiros, antipatia em 16% e indiferença em 56%. O estudo mostrou ainda