Mestre
Segundo integrantes da gestão tucana, a sobretaxa de 30% na conta de quem aumentasse o consumo, além de polêmica e impopular, tornou-se desnecessária por causa do crescimento do número de consumidores que economizaram água. A ideia, contudo, pode ser retomada se a crise se agravar. "Vai mesmo suspender (a proposta)", afirmou o governador. "Eu não vejo necessidade mais (da multa) porque nós estamos com 91% da população que aderiu ao uso racional de água. Quase 40% das pessoas ganharam bônus, mas é a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) quem decide."
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), até 23 junho, 87% dos clientes abastecidos pelo principal manancial paulista haviam reduzido o consumo, dos quais 55% atingiram a meta de 20% de economia e receberam 30% de desconto na fatura. Em fevereiro, quando o plano de bônus foi lançado pela concessionária, apenas 37% dos consumidores haviam atingido a meta, e 24% haviam aumentado o gasto com água.
Foi com esse balanço em mãos que o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, anunciou que o governo estava preparando uma plano para punir quem aumentasse o consumo durante a crise. A lógica da multa seria inversa a do bônus: sobretaxar em 30% a conta de quem gastasse mais de 20% acima da média mensal do ano passado. A ideia seria implementar a medida a partir de maio.