Mestre
Certos bacteriófagos não causam lise nem morte da célula hospedeira ao se multiplicarem, neste caso realizam o ciclo lisogênico a as células bacterianas hospedeiras são conhecidas como células lisogênicas. Os bacteriófagos que realizam ambos os ciclos lítico e lisogênico chamam-se fagos temperados.
O esquema abaixo mostra o bacteriófago lambda, um fago temperado bem conhecido, como exemplo de ciclo lisogênico:
1) Ao penetrar em uma E. coli, o DNA do fago, originalmente linear, circulariza;
2) Esse círculo pode se multiplicar e ser formada as proteínas do vírus, levando a produção de novos fagos e à morte celular por lise da célula (ciclo lítico) ou;
3) Alternativamente, o círculo pode sofrer recombinação e tornar-se parte do DNA circular da bactéria; O DNA inserido chama-se agora profago;
4) Toda vez que a célula bacteriana se multiplica, o profago também é copiado;
5) O profago permanece latente nas células hospedeiras e somente um evento raro, a ação da luz UV ou de determinadas substâncias químicas que pode levar à excisão do profago e início do ciclo lítico.
O ciclo lisogênico apresenta 3 consequências importantes: primeiro, as células lisogênicas são imunes à reinfecção pelo mesmo fago; segundo, é que as células hospedeiras podem vir a apresentar novas características. Por ex.: A toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que causa o botulismo, é codificada por um gene de profago, ou seja, essa bactéria só produz a toxina se possuir um fago temperado pois o gene que codifica a toxina está no profago; terceira, é que o ciclo lisogênico torna possível a transdução especializada.
A transdução especializada é mediada por um fago lisogênico que empacota DNA bacteriano junto com seu próprio DNA.