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CORPO, CULTURA E CONSUMO: FORMANDO IDENTIDADES ATRAVÉS DAS INFLUENCIAS MIDIATICAS

Resumo
O corpo recebe hoje um delicado papel de protagonista nas praticas sociais modernas. Entendido de forma objetiva e subjetiva, ele pode ser visto como um lugar de constante construção e expressão das identidades. O crescente advento das práticas de cuidados com o corpo abre espaço para o que chamo aqui de fenômeno do culto ao corpo, fenômeno que se torna mais presente a cada dia, abre-se um leque de possibilidades de constituição de estilos construídos a partir de praticas de consumo, sendo esse consumo um importante espaço de definição de identidades nas sociedades contemporâneas. É a partir dessa ótica que o corpo vem sendo utilizado pelos indivíduos na sociedade moderna como uma arma de sedução e poder, como um viável instrumento de socialização e consequentemente como um fator de aceitação social. A mídia é vista aqui como uma mediadora entre a sociedade o consumo e a indústria do culto ao corpo.

Palavras chave: Corpo, Consumo e Identidade.

Introdução
O culto ao corpo magro, ágil, apto, jovem e feliz como determinante dos comportamentos sociais atuais nos permite refletir sobre uma nova estética humana. Essa tendência acaba por refletir uma subjetividade que ganha mais força de expressão na modernidade onde corpos volumosos não mais se configuram como objeto de desejo das artes, mas sim, um novo arquétipo corporal que assume uma supremacia de relações sociais e consequentemente, de poder QUEM Há uma ligação direta entre esse novo arquétipo corporal e a mídia na constituição que estimula a produção e o formato de novos corpos e configura, portanto, novos modelos corporais contemporâneos. Paula Sibília (apud Araújo, 2008) usa o termo “pureza” para se referir à busca desses novos arquétipos corporais. Segundo ela, esse processo não é propriamente o desejo de atingir reconhecimento publico comparado àquele da polis grega nem ao menos uma aliança com Deus, mas sim o