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A dificuldade de controlar custos em um grande banco
Pouca gente sabe, mas a maior parte das despesas dos bancos é proveniente de gastos com bens e serviços. Mais de 50% dos gastos dessas instituições financeiras são com materiais (papéis, canetas, cartuchos de impressora, computadores etc.) e serviços terceirizados contratados (limpeza, segurança etc.).
No Bradesco, maior banco privado brasileiro, não é diferente. É compreensivelmente difícil controlar as atividades e os gastos de uma abrangente rede com mais de 3 mil agências e postos de atendimento espalhados por todo o Brasil. Para isso, é fundamental conhecer as demandas de todas as agências e as necessidades de todas as empresas ligadas ao grupo.
Em 2001, a instituição gastava em torno de 1,5 bilhão de reais por ano com esses serviços. Porém, os custos seriam muito maiores se, em 1998, não tivesse sido posto em prática o Programa de Inovação em Suprimentos, uma série de medidas planejadas para reestruturar o setor de compras do banco, com o objetivo de torná-Io mais eficiente, acelerando os processos e reduzindo as despesas.
O Programa de Inovação em Suprimentos
Para o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, a racionalização dos gastos e a melhoria do desempenho devem ser uma busca constante em todos os departamentos. Com esse objetivo em mente, viu no Programa de Inovação em Suprimentos a possibilidade de reduzir substancialmente as despesas do banco.
A identificação de todos os bens comprados e de todos os serviços contratados foi a primeira etapa do programa. Era necessário fazer um levantamento de todas as compras das unidades do Grupo Bradesco e catalogá-Ias.
Dessa forma, seria possível analisá-Ias e estudá-Ias de modo centralizado. Nunca antes o Bradesco havia conseguido reunir as informações sobre as demandas de todas as divisões e agências do grupo .
De posse dessa informação, foi possível a segmentação dos