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Aníbal Pinto analisa o modelo de desenvolvimento e corrobora a Heterogeneidade.
Na década de 60, após a crise da industrialização “fácil” na metade da década de 50, surge uma nova situação, de certo modo resultante da fase anterior, embora com características bastante diferentes:
*Ressurgimento dos investimentos estrangeiros – o capital estrangeiro está disposto a vir a regiões longínquas. O governo de JK é reflexo disso, pois o capital estrangeiro também acirra a heterogeneidade, porque a empresa estrangeira ganha lucros. E dependendo precisa ser maior ou menor a concentração de renda. E onde há maior concentração há grande discrepância, aumentando a Heterogeneidade.
* Crescente gravitação de um novo setor dinâmico. É Marcado pelos bens de consumo duráveis, principalmente o setor automobilístico. Consegue movimentação de indústria significativa. Daí novos setores o rodeiam: geladeira, TV, etc.
A Heterogeneidade faz com que incorporem as pessoas dentro de um sistema que fica a mercê do consumo e de um nível melhor de renda.
A emergência desse setor, dadas as condições da balança de pagamentos, teve que se dar através da contribuição externa, mais especificamente, de investimento direto, dada a inexistência ou escassez de outras fontes de recursos.
Houve uma crescente “estrangeirizaçao” das unidades produtivas como, a longo prazo, uma situação de um progressivo endividamento externo. Também houve um outro deslocamento no que se refere ao setor chave, que deixa de ser o das indústrias “tradicionais”. O setor-chave passa a ser ocupado pelas atividades direta e indiretamente vinculadas com a produção de bens