MESTRADO

Interfaces do processo de trabalho do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família1*

Tayssa Suelen Cordeiro Paulino. Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Natal-RN, Brasil. E-mail: [e-mail]

Jacileide Guimarães. Doutora em Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Docente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – PPGENF/UFRN, Brasil. E-mail: [e-mail]

Resumo
Objetivo: analisar as interfaces do processo de trabalho dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família no município de Santa Cruz/RN. Método: estudo descritivo/exploratório, dividido em momentos de aproximação, entrevista semi-estruturada. Participaram seis enfermeiros que atuam na saúde da família da zona urbana do município de Santa Cruz/RN. A análise dos dados foi pautada segundo a hermenêutica/dialética. Resultados: o processo de trabalho desenvolvido por esses profissionais é fragmentado, inoperante e biologicista. Para os entrevistados, o processo saúde/doença é visto como individual, prejudicando sua operacionalização e resolução de problemas na comunidade. Contudo, o estudo concluiu que esse processo é característico de uma sociedade que expressa as condições coletivas de vida. Conclusão: desse modo, o estabelecimento do vínculo e a criação de laços de compromisso com co-responsabilização entre os profissionais e a população são essenciais para que o objetivo da estratégia saúde da família seja alcançada. Descritores: enfermagem, saúde da família, processo saúde-doença.

Introdução
Diante das transformações que vem ocorrendo na sociedade e também na saúde somente a intervenção e a recuperação do corpo biológico não têm suprido as necessidades de saúde da população, quando se tem o processo saúde/doença como objeto de trabalho buscando os fundamentos epistemológicos que privilegiam a relação