Mestrado
LEÃO, Richard D. C. 2 Ao analisar a produção do capitalismo e das relações capitalistas de produção, Marx (apud Castro & Dias, 1980, p. 169) apontou as relações de trabalho como o elemento fundamental para a reprodução e continuidade do sistema, onde o homem assume um caráter fetichizado e alienado da mercadoria e passa a viabilizar a produção capitalista como uma relação social, pois segundo Marx:
O misterioso da forma mercadoria consiste, portanto simplesmente no fato de que ela reflete aos homens as características sociais do seu próprio trabalho como características objetivas dos próprios produtos de trabalho, como propriedades naturais dessas coisas e, por isso, também reflete a relação social dos produtores com o trabalho total como uma relação existente fora deles, entre objetos (1983, p.71).
Neste sentido, o modo de produção capitalista adquiriu um caráter de mutação constante e contínuo a partir da perspectiva da evolução nas formas do fazer produtivo, onde a produção ou a sua forma confere ao sistema um caráter de relação social que transcende o universo da linha de produção.
Na transição do século XIX para o século XX, o sistema capitalista trabalha na perspectiva do aumento da produção e na alienação do trabalho como forma de assegurar a sua continuidade, bem como estabelecer um padrão para o devir produtivo de forma a aproveitar cada vez mais o tempo de produção da mercadoria e produzir uma quantidade cada vez maior de mais-valia. Diante desse quadro, apresentamos os modelos de evolução do fazer produtivo e de responsáveis por um volume cada vez maior de expropriação do trabalhador: o Taylorismo (entre 1870 e 1915), o Fordismo (de 1914 a 1973) e o modelo de Acumulação Flexível (a partir de 1973).
Taylorismo: o estabelecimento da racionalidade científica na produção industrial
No texto “O Taylorismo e a Expropriação do