Mesopotâmia
Volume I
CAPÍTULO 4. A civilização mesopotâmica
1. História política
2. Origens sumérias da civilização
3. As "contribuições" dos antigos babilônios
4. A transformação trazida pelo Império Assírio
5. A renascença caldaica
6. O legado mesopotâmico
Capítulo 4
A Civilização Mesopotâmica
A segunda das mais antigas civilizações do mundo foi, provavelmente, a que começou no vale do Tigre e do Eufrates mais ou menos em
3.500 ou 3.000 a.C. Por conveniência, os historiadores se referem a essa civilização como "mesopotâmica", embora seja às vezes o termo
Mesopotâmia restringido à parte norte da terra que fica entre os dois rios. A civilização mesopotâmica era completamente diferente da egípcia. Sua história política é assinalada por interrupções bruscas.
Sua composição racial era menos homogênea e sua estrutura social e econômica oferecia campo mais largo à iniciativa individual.
Talvez fossem mais profundas as diferenças entre os ideais, a religião e as atitudes sociais dos dois povos. A cultura egípcia era predominantemente ética; a mesopotâmica, jurídica. O desprezo dos egípcios pela vida, excetuando-se o período do Médio Império, era geralmente uma atitude de alegre resignação, relativamente liberta de superstições grosseiras. A atitude mesopotâmica, ao contrário, era melancólica, pessimista e inquietada por terrores mórbidos. Enquanto o nativo do Egito acreditava na imortalidade da alma e dedicava grande parte de seus esforços à preparação da vida futura, seu contemporâneo mesopotâmio vivia no presente e olhava com indiferença seu destino no além-túmulo. Finalmente, a civilização do vale do Nilo compreendia conceitos de monoteísmo, uma religião de amor e igualdade social; a do Tigre-Eufrates era mais egoísta e desdenhosa. Sua religião raramente ultrapassou o estágio dum politeísmo primitivo e seus ideais de justiça se limitavam em grande parte à observância literal dos termos de um contrato.
1. HISTÓRIA