Mergulho
Conhecendo a doença descompressiva no mergulho.
29
NOV 2010
Cleidson Lima
Ao contrário do que muita gente pensa, o limitador da aventura submersa no mergulho autônomo, não é apenas a autonomia do cilindro do gás respirável que o mergulhador utiliza em seus mergulhos. Muitas vezes é comum vermos mergulhares voltando para embarcação lamentando o fim de um mergulho maravilhoso, ainda com muito gás disponível.Nas aulas teóricas do curso de formação de mergulhadores, os alunos são bem apresentados às leis físicas causadoras desta limitação, que para o caso específico, é a Lei de Henry, que dará a fundamentação para o entendimento completo desta limitação. Aqui porém, iremos tratar o assunto de uma forma análoga, para facilitar o entendimento geral sobre o tema.
Todos certamente já ouviram falar do conhecido e saboroso “gás” presentes nos refrigerantes. Se fecharmos os olhos e imaginarmos, vamos conseguir reproduzir fielmente o barulho de abertura de uma garrafa bem geladinha de coca cola, e vamos nos lembrar rapidamente de um monte de bolhinhas se movimentando para sair do líquido.
Para quem não sabe, aquele “gás”, no caso o CO2, foi posto na garrafa após a mesma já ter sido preenchida pelo líquido sobre uma pressão elevada. Assim, segundo a Lei física de Henry, ele irá se solubilizar neste líquido na proporção direta da pressão e do tempo em que ficar submetido a essa pressão.
O que quer dizer que quanto maior a pressão e tempo, mais gás vai ser dissolvido. Quando abrimos a garrafa, o gás perde pressão “escapando ” para o meio ambiente e o processo se reverte, ou seja, o “gás” antes dissolvido no líquido, volta para forma gasosa, por isso as bolinhas. E a medida que o tempo passa, o gás vai se liberando do líquido e indo em embora, até dizermos que a coca está sem gás.
Durante o mergulho acontece algo bem parecido com o mergulhador. No ato de mergulhar o principal agente de mudanças além do meio líquido, é a pressão. A