Mercurio
O elemento mercúrio com propriedade de ser liquido a temperatura ambiente e com sua tonalidade inigualável, desperta a atenção do homem desde os primórdios. O nome mercúrio é uma homenagem ao planeta de mesmo nome. A fim de evitar conflitos com o nomes idênticos, os gregos decidiram dar-se o nome de Hidrargiro, sendo Hydro (sentido de água) e árgyros (prata).
O homem pré-histórico, hindus e chineses na antiguidade já utilizavam o Cinábrio (Sulfeto de Mercúrio; de fórmula molecular HgS), o mesmo também foi encontrado em tumbas do Egito datadas de antes de 1.500 a.C. e em tumbas da Grécia.
Pode-se admitir que o Hg bem com o Cinábrio tenham sido extraídos de minas há mais de 2.300 anos.
Posteriormente, na Idade Média, o elemento passou a ser utilizado em processos de amalgamação e muitas civilizações faziam uso terapêutico do Hg, desconhecendo sua natureza física, química e, consequentemente, sua natureza tóxica e até o século XVIII o elemento não era considerado um metal. Até inicio do século XX o elemento fora utilizado como pigmento decorativo.
Por não causar efeito nocivo local e ser pouco absorvido pelos intestinos o mercúrio metálico foi usado até o século XIX como tratamento na obstrução intestinal. Foi a primeira entidade química a ser objeto de legislação para controle de doença causada em trabalhadores (meados do Século XVII, nas minas de mercúrio de Idrija, Iugoslávia, o dia de trabalho foi reduzido para 6 horas em oposição às 14 horas normais em outras atividades da época).
1.1. Identificação do metal e de seus compostos
Hg é inodoro e conhecido por ser o único elemento líquido à temperatura ambiente e a 0ºC, único elemento (além dos gases nobres) a possuir vapor monoatômico à temperatura ambiente, em seu estado sólido é mole e dúctil. Com número atômico 80, possui símbolo Hg (derivado da palavra Hidrargiro), situa-se na família IIB da Tabela periódica de classificação de elementos. Possui os seguintes