Mercurio
Exposição humana ao metilmercúrio em comunidades ribeirinhas da Região do Tapajós, Pará, Brasil
Maria da Conceição Nascimento Pinheiro, Junko Nakanishi, Teichii Oikawa, Geraldo Guimarães, Manoel Quaresma, Bernardo Cardoso, Walter W. Amoras, Masazume Harada, Carlos Magno, José Luis F. Vieira, Marilia Brasil Xavier e Denise R. Bacelar
Alysson Leitão
Daliane Almeida
Fabiana Vitória
Kalinne Daiana
Patos – PB
Exposição humana ao metilmercúrio em comunidades ribeirinhas da Região do Tapajós, Pará, Brasil
A exposição humana ao metilmercúrio através da ingestão de alimentos contaminados tem sido associada a tragédias ambientais, em diferentes partes do mundo, como consequência principalmente das atividades industriais.
Hoje são conhecidos importantes acidentes ambientais decorrentes da descarga de resíduos industriais contendo mercúrio, em baías, rios e lagos, contaminando animais de vida marinha e secundariamente as populações humanas.
Sabe-se que, no processo da garimpagem do ouro nos rios da Amazônia, grande quantidade de mercúrio é utilizada na captação de finas partículas do metal nobre, formando um amálgama ouro-mercúrio que posteriormente é submetido a queima para separação dos metais. O excesso do mercúrio líquido e o vapor resultante da queima do amálgama depositam-se nos rios e lagos da região, onde provavelmente sofrem processos de metilação, com consequente acúmulo na cadeia alimentar aquática.
Estudos demonstraram que determinadas espécies de peixes da região, consideradas de hábito carnívoro frequentemente consumido pela população local, apresentaram níveis de mercúrio total acima do limite recomendável para consumo humano pela Organização Mundial da Saúde, isto é, superiores a 0,5μg/g-¹.
A exposição humana ao metilmercúrio tem sido avaliada pela determinação das suas concentrações em amostras de cabelo, que constitui, até o momento, um bom indicador biológico para avaliação desta exposição.