Ao final da Guerra Fria, houve uma reorganização política mundial, surgindo blocos econômicos em diferentes regiões do planeta, como a União Européia, o Nafta e a Bacia do Pacífico. Nesse contexto, na década de 90 surge o MERCOSUL, composto economicamente pelos países Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, objetivando a criação de uma região de livre comércio com o fim das tarifas alfandegárias entre os quatro países. Para alcançar os objetivos, o acordo estabelecia algumas regras como a livre circulação de bens e serviços eliminando a cobrança tarifaria, a criação de uma Tarifa Externa Comum (TEC), a coordenação de política macroeconômica e setorial e o compromisso dos estados membros de harmonizar suas legislações para fortalecer o processo de integração. O MERCOSUL é atualmente a quarta área geoeconômica do mundo e um dos mercados emergentes com maior renda per capita. E, claramente venceu o estágio de livre comércio. A corrente de comércio entre o Brasil e seus sócios do MERCOSUL chegou a quintuplicar, em apenas sete anos, passando de US$ 3,6 bilhões em 1990, para US$ 18,7 bilhões em 1997, correspondendo a um incremento excepcional de 516% no período. Neste mesmo período, o intercâmbio com o resto do mundo também cresceu, mas a taxas menores. A concretização do acordo entre Brasil e Argentina, as duas maiores economias do MERCOSUL, proporcionou vantagens e desvantagens ao longo desta relação. O Brasil tem diminuído as quotas de exportações e importações com os seus parceiros do MERCOSUL, entretanto aumentou sua significativamente suas exportações para o mercado mundial. A relação entre Brasil e Argentina proporcionou o aumento das exportações, porém a Argentina elevou os níveis de importação com o Brasil e reduziu as exportações para os países do MERCOSUL. Com isso houve um déficit na balança Argentina, pois os níveis de importação foram maiores que os níveis de exportação. A Argentina, Uruguai e a região sul do Brasil são as