Mercantilismo e a influência da igreja
Buscando entender que todas as organizações humanas apresentam os seguintes fundamentos:
SERVIÇO ou MISSÃO: Que justifica a sua utilidade pública, seja com fins lucrativos, assistenciais ou específicos.
VALORES/DOUTRINA: Que fundamenta e teoriza sua proposição e essência, justificando sua individualidade frente a outras organizações.
PÚBLICO/ALCANCE: Determina a quem se dirige e o alcance prático de sua influência territorial, social e cultural.
RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL: Para viabilizar o alcance de seus objetivos, procura interagir e manter influência em todas as instâncias, poderes e organizações representativas da sociedade, para negociar e salvaguardar seus interesses.
Para que uma organização se viabilize, o exercício destes 4 fundamentos devem ser praticados e aprimorados com o tempo.
A perda representativa de qualquer um deles coloca toda a organização sob risco. São portanto, de prática essencial.
Acho perfeitamente normal e justificável a interação de qualquer organização nestas 4 esferas, desde que, com postura ética compatível às regras sociais, respeitando a liberdade das sociedades em que atua.
Vejo como uma grande demagogia ou imaturidade quando alguns líderes afirmam que sua instituição não tem, nem procura ter qualquer interação com organizações fora de seu campo de interesses. (Deve achar que mora na Lua ou em outro planeta).
Com certeza a igreja se beneficiou com o mercantilismo. Isto em si não é algo errado a priori, pois toda organização deve buscar seu fortalecimento e evolução ao longo do tempo.
Cabe na verdade a análise da seguinte questão: A igreja beneficiou-se do Mercantilismo de forma ética ou não?
Entendo que não, pois ela impôs a evangelização de vários povos indígenas nas colônias, destruindo seus valores, cultura e liberdade de expressão. Por não respeitar os valores destas organizações e sua liberdade de escolha, sua postura não foi ética.
Abordagem da Influência da Igreja