Mercantilismo e a expansão de Portugal e Espanha até o Brasil

O Brasil foi inserido na história ocidental durante as expansões mercantilista e marítima no século XV, que tinham como objetivo o fortalecimento do Estado e da burguesia na fase de transição do feudalismo para o capitalismo e a conquista de terras ultramarinas. Uma das maiores consequências dessas práticas foi a implantação do sistema de exploração colonial, visando interesses econômicos, que marcou a conquista e colonização de toda a América Latina. O expansionismo de Portugal e Espanha foi justificado com o pretexto de civilizar povos por meio da fé cristã, porém o principal atrativo da conquista de novas terras foi a “miragem dos metais”, pois no Estado Moderno, com a ascensão do mercantilismo, a riqueza de uma nação era mensurada pela quantidade de metais preciosos que possuísse e então esses Estados perceberam que a solução ideal seria cada um colonizar áreas determinadas, onde pudessem obter vantagens econômicas- as colônias. Portugal foi o pioneiro nas grandes viagens pelos oceanos, pois se tornou o primeiro estado moderno e possuía domínio das técnicas de navegação, capital e posição geográfica favorável, características essas favoráveis a esse empreendimento que foi as grandes navegações. A expansão ultramarina espanhola ganhou destaque em 1492, quando Cristovão Colombo, após ter enfrentado muitas barreiras e ser visto como um louco que tentava desvendar o impossível, iniciou sua viagem em busca de uma nova rota marítima pelo Ocidente, no entanto, ele chegou a El Salvador acreditando ter encontrado às Índias.Com a entrada da Espanha no ciclo das navegações, criou-se conflitos entre esta nação e Portugal quanto a questão de posse das terras descobertas e então foi criado o Tratado de Tordesilhas onde constava que as terras situadas até 370 léguas a oeste de Cabo Verde eram de Portugal e as terras a oeste pertenciam a Espanha. O “descobrimento” das Américas foi apresentado como o encontro do paraíso, devido a exuberância da