Mercantilismo e absolutismo
Por Fernando Sirugi
O mercantilismo foi a fórmula mais rápida e eficaz para superar a crise na Idade Média. Enquanto no plano político a fórmula encontrada foi o absolutismo, no econômico gerou o Mercantilismo, portanto esse pode ser definido como “uma política de intervenção econômica praticada pelo estado moderno”, foi o instrumento de superação das crises e de engrandecimento nacional, podemos dizer que sem o Estado Moderno não há mercantilismo, e sem mercantilismo não há Estado Moderno. É sempre importante lembrar que o mercantilismo não é um sistema econômico, e sim uma doutrina, um conjunto de práticas, de ideias aplicadas sobre o sistema econômico, então conhecido por capitalismo comercial. Sua característica fundamental é o metalismo, que corresponde à ideia de que “quanto mais metal precioso existir dentro do território nacional, mais rico será o país”. É o metalismo que completa as demais características mercantilistas. Em busca do acúmulo dos metais preciosos, os Estados Unidos tomariam medidas como o princípio da balança comercial favorável, ou seja, ter um índice de exportação sempre maior que o de importação. Esse princípio atrai outro, o do protecionismo alfandegário, que tenta promover a indústria e o comércio nacionais, evitando a concorrência de similares externos. É claro que tais medidas demonstraram claramente o intervencionismo estatal na economia, outra característica das ideias mercantilistas. O industrialismo e o colonialismo completam o quadro mercantilista. O mercantilismo variou de país para país, na Espanha, senhora de colônias produtoras de metais preciosos, surgiu o mercantilismo metalista. A França, ajustando-se para fornecer manufaturas de luxo à Espanha, desenvolveu o mercantilismo industrial. Na Inglaterra desenvolveu-se o mercantilismo comercial. A Holanda criou um eficiente mercantilismo comercial e industrial. Portugal foi o país que mostrou maior flexibilidade na pratica do