MERCADOR DE VENEZA

FILME O MERCADOR DE VENEZA

A história do filme é descrita na cidade de Veneza na Itália, e busca retratar um fato comum da época, a intolerância aos judeus no século XVI dentro de um contexto histórico, em que atividades econômicas e comerciais estavam crescendo significativamente. A obra em questão busca reconstruir sob um aspecto social uma imposição forte das leis e princípios aos estrangeiros, uma intensa discriminação. Pela legislação, os judeus eram obrigados a viver no Gueto da cidade (na velha fundição murada). Ao anoitecer o portão era trancado e vigiado por cristãos. Durante o dia qualquer um que saísse do Gueto era obrigado a usar um gorro vermelho, que o identificava como judeu, facilitando e proporcionando o antissemitismo.
Aos judeus era proibido possuir imóveis, então os mesmos praticavam a usura (o empréstimo de dinheiro a juros), que contrariava a lei cristã. Os sofisticados venezianos faziam vistas grossas a isso, mas como fanáticos religiosos que odiavam os judeus era bem diferente, muitos dos judeus que praticavam usura tinha pena de morte.
O filme nos traz uma ambiguidade sobre a essência do ser humano onde se confrontam intolerância, usura e vingança a amizade, paixão e justiça.
No aspecto jurídico o que observamos é um contrato feito entre Shylock (judeu que praticava usura) e que por sua vez tinha sido alvo de humilhações em face de discriminação por Antonio (mercador, cristão que beirava a falência pois todas suas garantias, “frota de barcos” estavam em alto mar, alvo de piratas e tempestades). O contrato estabelecido por ambos consistia em que Shylock emprestaria a Antonio a quantia de três mil ducados a serem pagos no prazo, hora e lugar determinados, tendo como cláusula específica, caso Antonio não cumprisse com a obrigação teria como multa uma libra de sua própria carne tirada pelo próprio judeu o mais perto possível de seu coração, sendo que este empréstimo feito por Antonio era para seu amigo Bassânio, jovem, bonito que