Merc internacional
Apesar do agravamento do cenário global no mercado financeiro, o ano de 2011 foi marcado por um novo volume recorde de captação de recursos por empresas e bancos brasileiros no exterior. O total atraído pelo país no ano passado, incluindo operações do Tesouro Nacional, foi de US$ 66,3 bilhões, uma alta de 5,6% na comparação com dados de 2010 (US$ 62,8 bilhões).
De acordo com o "Ranking Valor de Captações Externas", o vencedor, pela terceira vez consecutiva, foi o HSBC. A instituição foi uma das poucas europeias que não enfrentaram dificuldades de capital que atingiu em cheio a dívida dos países da Europa.
Isso permitiu ao banco inglês ampliar sua liderança já consolidada no mercado de emissão de bônus e também assumir a dianteira no segmento de empréstimos, superando o BNP Paribas, líder no ano anterior.
Na segunda colocação houve uma troca de posições, com o J.P. Morgan assumindo a vice-liderança. A melhora da instituição americana reflete em parte a recuperação dos bancos daquele país, que começam a ganhar novamente espaço em um mercado cada vez mais competitivo.
Por uma pequena diferença, pouco mais de US$ 300 milhões, o Santander perdeu um posto em 2011, ficando em terceiro, mas registrou um crescimento expressivo no volume liderado, somando US$ 24,5 bilhões, alta de 35%.
A competição entre os bancos pelas operações voltou a caracterizar o mercado brasileiro. Sem muitas opções na Europa, as instituições voltaram seus olhos para o Brasil. Não por acaso, o ranking de 2011 apresentou o maior número de instituições desde o início da crise. Foram 42 casas, entre bancos, "securities" e pequenas butiques, de 14 países diferentes, que estruturaram 120 negócios para 70 grupos com presença no país - incluindo 18 bancos - além do BNDES e o Tesouro Nacional. Na quarta colocação, o Citi fez no ano de 2011 sua volta às origens. O banco retomou um posto de destaque que sempre ocupou nos anos anteriores, mostrando que vem se recuperando dos efeitos da