Mensagens
Aquele que estabelece um compromisso afetivo toma para si um acordo feito com o outro porque tem por princípio honrá-lo, não por se sentir obrigado a fazê-lo. Mas às vezes a escolha do compromisso assumido é orientada por valores e princípios conflitantes. Se os parceiros não conseguem superar isso de forma satisfatória para ambos, pode ser o fim da relação.
Ouvi recentemente alguns rapazes conversando sobre compromissos afetivos. Um deles dizia que a namorada o acusava de ser incapaz de assumi-los. O outro foi enfático no conselho: "Olha, assuma qualquer coisa, menos compromisso. Quem cobra compromisso quer ver a gente perder a liberdade e se encher de obrigações". O exemplo serve para uma reflexão sobre o modo como se interpreta hoje o "assumir compromissos". Assumir não é uma ação imposta por outro. Quem assume toma para si, é agente da ação. Ao assumir o que quer que seja se faz uma escolha, age-se por opção. E compromisso? O senso comum entende que também é sinônimo de obrigação. Mas o que caracteriza compromisso é a atitude de agir de acordo com os próprios valores e princípios. Pessoa de compromisso é aquela que cumpre o que promete porque por princípio só promete o que pode cumprir. Em resumo, assumir compromisso afetivo é tomar para si um acordo feito com o outro porque tem por princípio honrá-lo, não porque está obrigado a fazê-lo. Infelizmente, é difícil ter plena consciência dos princípios e dos valores recebidos ao longo da vida.
Por serem transmitidos pela educação e pela cultura, é comum que algumas vezes tenhamos nossas escolhas orientadas por valores e princípios conflitantes. É o que ocorre no caso do rapaz que namora a moça e, embora esteja apaixonado, não quer se casar. Após algum tempo, sente-se pressionado, a família dela espera que ele "assuma o compromisso". Ele resiste o quanto pode, mas, então, mais por culpa do que por convicção, propõe casamento. Para ele isso é